quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Número 3.

Por três anos, nessa mesma data, pela mesma razão. Eu tenho tentado descrever ao certo o que somos você e eu. Nós. Eu tenho tentado dizer o óbvio com argumentos diferentes. Mas, creio que depois que completamos dois anos, algumas coisas mudaram. Quase dois meses depois, dia 8 de outubro de 2009 eu fui até a sua cidade e finalmente, estar fisicamente contigo. Após dois anos, tendo consciência de sua existência em minha vida. Porque eu já te sentia inconscientemente, nós duas já contemplávamos nossas almas. Quando eu lhe vi entrando na rodoviária, provavelmente todos estavam ouvindo a minha pulsação, meu corpo trêmulo e viam a felicidade em meus olhos. Passaram-se quatro dias e, me arrisco dizer que foram os melhores da minha vida. Passei a acreditar cegamente no destino depois de certas ocorrências, você sabe quais. Depois de um tempo, você veio para cá e novamente, a felicidade clamava para entrar no nosso caminho. E, de fato, entrou. Duas garotas, sentadas em qualquer lugar na Paulista, abordadas por um desconhecido hindu que disse a coisa mais sábia sobre nós, sem ao menos saber de nossa história, sem saber o que somos, quem somos. “Vocês estão em sintonia”. Eu sei. Nós estamos comunicadas em milhões de formas e níveis, simultaneamente. Você está presente em todos os momentos da minha vida, porque nossas almas estão contempladas. Você está comigo, sem querer. Me da até medo a forma que eu fico feliz em saber que você está. Quando você me conta alguma notícia, mesmo que seja boba, mas que está te fazendo feliz, instantaneamente abro um sorriso ilimitado. Entro em uma felicidade tão profunda, como se estivesse acontecendo comigo, tal fato. Acho que sinto isso naturalmente por ser você o motivo principal que me faz ser feliz. Mesmo que eu esteja no fundo do poço, no fim do abismo, você insiste até que eu me renda e crie força de vontade para continuar caminhando. Eu sempre disse que você me ensinou grande parte de todas as coisas que sei. Hoje, dou maior abrangência: você me ensinou tudo o que sei. Eu sou você, melhor. Sem você, não sou. Nós somos combinações exatas. Minha lucidez estaria oscilante sem você para me guiar, me orientar. Eu já parei para pensar em como seria a minha vida sem você. E sabe… Eu morreria em menos de uma semana. Sim, eu sou dependente de você. Sem você, eu não vivo. E, podem dizer que é exagero, mas eu digo que eu não vivia antes de conhecer-lhe. Eu estive morta por muito tempo. Você me ressuscitou e os meus sentimentos sangram, eu me sinto mais humana. Agora eu sei que sou capaz de amar. A nossa amizade é a prova viva disso: Eu te amo, irrecuperavelmente. Você é simplesmente você. Única. Minha. Eu sinto uma energia inexplicável quando estou com você, sinto-me em meu lar. Porque você me aceita como eu sou. Sinto-me à vontade para contar-lhe meus segredos mais sombrios, ser o réu confesso e não me sentir a frente de um juiz. Você não me julga. Peço-lhe perdão se um dia eu duvidei disso. Nós somos "do nível que se minha melhor amiga matar alguém, eu a ajudo esconder o corpo e não faço perguntas". Talvez, você tenha razão. A distância pode ser o que faz nos amarmos ainda mais. Confesso que amo sentir-me desvairadamente entusiasmada quando passo horas e horas sonhando acordada, fazendo zilhões de planos, projeções sobre nós. Eu sei que algum dia, estaremos vivendo um cotidiano juntas. Quero fazer o seu café, leva-lo até sua cama, beijar o seu nariz, desejar-lhe bom dia e boa noite. Quanto mais eu espero, a cada segundo, a cada minuto, dia, mês e ano chegamos mais perto de ser irritantemente felizes. Eu sei que nós iremos comemorar muitos e muito mais anos, nessa data. Juntas.

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